Por aqui a romã é conhecida também como “aquela fruta cara” o ano todo, mas dos meses de novembro a fevereiro você consegue encontrá-la até nas árvores da rua.
Estamos na temporada do Romã.
Ela é uma das frutas com mais história, já marcou presença em manuscritos, receitas medicinais da idade média, é mencionada até na Bíblia. Ela é sinônimo de riqueza, sorte e amor. Foram as primeiras a serem cultivadas junto com as videiras e os figos. Serviam de reis a camponeses por séculos.
“Onde quer que se espalhe, tem sido muito conceituado por seus frutos suculentos e perfumados, que matam a sede. Era um ingrediente preferido nas cozinhas reais; assim, na corte do imperador sassânida Balash (484-488), foram servidas fatias de carneiro salgado, guarnecido com suco de romã e ovos. Entre as melhores sobremesas com que se deleitavam os soberanos estavam as sementes de romã frescas temperadas com água de rosas. Apesar de sua aparência régia - é a única fruta com uma coroa na parte superior -, não era propriedade dos governantes, mas permanecia acessível a todas as classes sociais. Sabe-se que, no Irã, os camponeses amaciam a carne marinando-a em suco de romã, enquanto os cozinheiros dos reis preferiam o vinagre para o mesmo fim. Antes do advento do açúcar, o xarope de romã, como o de outras frutas como tâmaras e uvas, era um adoçante popular, usado principalmente para fazer preparações de frutas doces.”
Alimentarium Magazine (salvai ai esse site por que é um ótima fonte de pesquisa)
Natural do oriente médio, chegou em terras brasileiras com as navegações. Pela sua casca grossa, sua polpa suculenta e suas vitaminas era uma fruta perfeita para aguentar os longos períodos no mar. Os Portugueses costumavam plantar pés de romã em seus portos para que tivesse sempre frutas frescas para carregar o navio e assim prevenir o escorbuto.
Por aqui você encontra grandes fornecedores nos estados de São Paulo, Pernambuco e Bahia.